Bom pessoal, aí vai uma nova história minha. Por enquanto não tem nome, quem tiver alguma sugestão boa pode dizer. É uma história de mutação.
Capítulo 1 – Parte 1
Eu fugia por aquele caminho molhado. A noite realmente estava sombria. Ventos frios e raios caindo do céu. Á medida que eu corria sentia os pingos de lama molhando a barra da minha calça. Mas o que importava naquele momento era fugir. Conseguir escapar do que eu havia presenciado. Corri até não agüentar mais, sabia que eles estavam atrás de mim. Parei em um campo aberto, rodeado de arvores secas e petrificadas. Olhei para o céu como se esperasse alguma solução, e do alto se veio o que tanto desejava. Um raio caiu atingindo-me diretamente fazendo com que eu ficasse fraco e tremulo por instantes. Um clarão enorme iluminou o lugar. E por alguns segundos fiquei cego. Caí no chão e senti meu corpo arder. Como eu poderia ainda estar vivo? Três homens chegaram no local imediatamente.
– Ali esta ele. Vamos acabar logo com isso – disse um deles
Eu dei um passo para trás, mas senti um impulso me levando para frente. Eles vieram em minha direção a ponto de me espancar. Então me protegi com minha mão e fechei os olhos. Quando os abri, os homens estavam no chão. Mortos? Não. Apenas inconscientes. Era a minha chance de fugir. Então voltei para uma estrada pouco movimentada e fiquei esperando algum carro passar. Não parava de pensar em como aquilo havia acontecido. Como os homens foram parar no chão se eu nem os havia tocado? Fiquei um pouco pensativo. Mas logo acordei com luzes ofegantes de faróis de carro. Fiz o gesto de pedido de carona. E fui concedido. Era uma picape preta. Cheguei perto e ele perguntou:
– Para onde você esta indo?
– Para a cidade.
– Eu irei ficar no posto bem próximo. Posso lhe deixar lá.
– Tudo bem!
Entrei no carro e pus o cinto de segurança. O homem era um cara de uns 40 e poucos anos, gordo e bem barbudo. Ele não parava de me olhar. Como se quisesse me perguntar algo. Então ele se pronunciou:
– O que aconteceu com você?
Em minha consciência eu não podia contar a verdade. Fiquei um pouco gaguejante, mas respondi:
– Eu estava dirigindo, mas roubaram meu carro e me jogaram na lama.
Não sei se a historia colou. Mas ele me olhava com uma certa dúvida, afinal não parecia ter 19 anos.
Logo chegamos no posto. Desci do automóvel e agradeci a carona. O senhor ficou conversando com os frentistas do posto. Eu continuei minha viagem. Estava mais seco. Depois de alguns minutos, já estava na porta de casa. Minha mãe veio em minha direção, preocupada comigo.
– O que houve?
– Eu fui assaltado mãe.
– Mas você não esta ferido, esta?
– Não.